Universidade de Macau reafirma desejo de internacionalização e vê o Brasil como prioridade

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A Universidade de Macau (UM), estabelecida há 43 anos em Macau, uma região administrativa especial da China, tem, ao longo do tempo, se relacionado com os países de língua portuguesa. A instituição está procurando fortalecer seu caráter internacional e vê o Brasil como uma de suas prioridades.

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Desde o momento de sua fundação, a UM tem sido uma instituição de ensino superior com orientação internacional. Isso pode ser visto nos alunos, professores, pesquisas e acordos de cooperação que foram assinados. Essa característica da UM está de acordo com os desejos das autoridades de Macau, que estão empenhadas em se conectar com o mundo exterior e transformar a região administrativa especial da China em uma plataforma entre o país e os países de língua portuguesa.

A UM colabora estreitamente com a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). Essa associação estabelece intercâmbio com universidades em Portugal, no Brasil e em outros países de língua portuguesa. A UM mantém uma elevada percentagem de docentes estrangeiros, sendo mais de metade dos seus docentes provenientes do estrangeiro. É de notar que, sendo uma universidade pública abrangente internacional em Macau, a UM está classificada no primeiro lugar entre as universidades da AULP, de acordo com o "THE Ranking".

Em 2018, essa intenção de internacionalizar a instituição foi reforçada com a criação da Reitoria para os Assuntos Globais, liderada pelo português Rui Martins, que explica que o objetivo é receber cada vez mais estudantes internacionais.

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O campus da UM contém 60 edifícios, distribuídos por 1.09 quilómetros quadrados.

Assim, há seis anos, foi estabelecida a meta de aumentar até 500 o número de estudantes estrangeiros matriculados. Rui Martins acredita que no próximo ano essa meta poderá ser alcançada.

Os estudantes estrangeiros da UM são provenientes de todo o mundo, incluindo, naturalmente, países de língua portuguesa. Esses alunos escolheram a UM principalmente pelo curso de Direito, mas recentemente tem havido uma maior tendência para cursos de gestão de empresas, engenharia e ciências sociais. Além disso, a UM tem uma comunidade de estudantes vindos dos Estados Unidos da América, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Itália, Países Baixos, Suíça, Indonésia, Malásia, Vietname, Japão e Coreia do Sul, entre outros países.

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A Universidade de Macau tem como meta chegar aos 500 alunos internacionais.

O BRASIL COMO PRIORIDADE

Como supramencionado, o corpo docente da UM vem de diferentes países e regiões. Alguns dos docentes estrangeiros são brasileiros e pertencem ao Departamento de Português da UM. A instituição de ensino superior continua a colaborar com universidades brasileiras, especialmente com a Universidade de São Paulo.

Apesar de os dois territórios estarem separados por mais de 17 mil quilômetros, a UM e universidades brasileiras têm mantido comunicação e cooperação estreitas. Em maio de 2023, as delegações da UM efetuaram visitas a várias universidades de topo no Brasil, incluindo a Universidade de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com o objetivo de explorar oportunidades de cooperação com especialistas e acadêmicos em diversos campos. Em julho de 2023, visitou a UM uma delegação liderada por Guilherme Coutinho Calheiros, Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. O secretário afirmou que esperava que universidades no Brasil reforçassem cooperação com a UM e promovessem o respetivo desenvolvimento acadêmico e de pesquisa.

Atualmente, a UM estabeleceu programas de intercâmbio de estudantes com mais de dez universidades no Brasil. Além disso, a colaboração e a partilha de recursos acadêmicos no ensino e pesquisa científicos estão também sendo promovidas entre a UM e universidades brasileiras, através de plataformas de alianças internacionais, tais como a Associação das Universidades de Língua Portuguesa, a Aliança de Investigação Oceânica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, e a Aliança Bibliotecária Acadêmica entre a Região Administrativa Especial de Macau (China) e os Países de Língua Portuguesa.

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Delegação do Governo Brasileiro visita a Universidade de Macau.

A referida Aliança Bibliotecária Acadêmica foi estabelecida entre a Universidade de Macau e universidades dos países de língua portuguesa, que inclui 20 universidades dessa área e também 20 universidades chinesas que oferecem cursos de português. A aliança também inclui universidades brasileiras no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, entre outras.

Com o objetivo de impulsionar a cooperação com o Brasil, Rui Martins e o reitor da UM, Song Yonghua, estarão percorrendo o país em junho, do Rio de Janeiro a Brasília, passando por São Paulo e Campinas. Essa visita permitirá que eles assinem acordos com várias instituições de ensino superior brasileiras, proporcionando "uma maior colaboração em termos de intercâmbio de alunos e professores e de pesquisa", diz Rui Martins.

O Brasil assume, portanto, um papel estratégico no processo de internacionalização da UM. "O Brasil, por ser o maior país de língua portuguesa, é uma prioridade", diz o vice-reitor da instituição, enfatizando que o objetivo é fortalecer as relações com os países de língua portuguesa.

AS OPORTUNIDADES DA GRANDE BAÍA

Ao mesmo tempo, a UM está tentando capitalizar a sua integração na Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau. Esse é um projeto que incorpora nove cidades da província chinesa de Guangdong, além de Hong Kong e Macau, abrange 56 quilômetros quadrados e tem mais de 86 milhões de habitantes. O objetivo da iniciativa é aprofundar a cooperação no interior desta vasta região, para permitir seu desenvolvimento equilibrado. Em abril de 2024, uma delegação de representantes empresariais brasileiros realizou uma visita ao Departamento Fiscal da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, com vista a conhecer o ambiente fiscal e empresarial em Hengqin.

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Professor Rui Martins, Vice-Reitor para as Relações Globais da Universidade de Macau.

Na área da Grande Baía, a UM estabeleceu colaborações com a grande maioria das universidades das outras cidades da região. Há vários programas duplos de licenciatura e mestrado entre universidades da área da Grande Baía. O valor que a UM acrescenta ao universo do Ensino superior na Grande Baía é precisamente a ponte que estabelece entre a China e os países de língua portuguesa.

Rui Martins também enfatiza a abordagem de vanguarda da universidade em relação à eletrônica. A UM é líder mundial em "eletrônica de última geração" e possui um laboratório de vanguarda nesse domínio. Há também um laboratório voltado para a "internet das coisas" e cidades inteligentes. Nas áreas de engenharia e ciências da computação, a UM está entre os 1% melhores do mundo nos Essential Science Indicators (ESI).

*Saiba mais sobre a Universidade de Macau: https://www.um.edu.mo/pt-pt/about-um/international-reputation

CAMPUS EM HENGQIN

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Quando foi inaugurada, a UM tinha seu campus na Ilha da Taipa de Macau, mas em 2014 mudou-se permanentemente para Hengqin, para um campus que cobre 1,09 quilômetros quadrados e que está sob a jurisdição da Região Administrativa Especial de Macau. Esse campus consiste em uma área de construção de 820.000 metros quadrados com mais de 60 edifícios. Há um túnel subaquático que conecta diretamente a universidade a Macau.

Em breve, a instituição iniciará a construção de outro campus, também em Hengqin, que deverá estar concluído em cerca de cinco anos e terá capacidade para oito mil alunos.

A SUBIR NAS CLASSIFICAÇÕES

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A UM tem vindo a subir, de forma consistente, nas classificações universitárias. Encontra-se classificada no 193.º lugar no Times Higher Education (THE) World University Rankings, e recentemente foi classificada no 14.º lugar entre as universidades mais jovens (com menos de 50 anos), como também no 254.º lugar no Quacquarelli Symonds (QS) World University Rankings.

Nos ESI, a instituição encontra-se no top 1% em 12 áreas, a saber: Engenharia, Ciência dos Materiais, Ciências da Computação, Química, Farmacologia e Toxicologia, Medicina Clínica, Psiquiatria/Psicologia, Biologia e Bioquímica, Ciências Sociais Gerais, Ciência Agrícola, Economia e Gestão de Empresas, e Ambiente/Ecologia.

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